terça-feira, 9 de julho de 2013

Pergaminoso do Mês de Agosto - Tiago Quingosta

Ainda nem terminou o mês de julho, mas no Pena & Pergaminho o tempo não para, ao melhor estilo Cazuza! Conheça agora o nosso Pergaminoso do Mês de Agosto: Tiago Quingosta.

O nosso Pergaminoso do Mês de Agosto - Tiago Quingosta, ao lado da estátua de Raimundo dos Santos Souza, o curandeiro "Sacaca"

Nome completo: Tiago de Oliveira Quingosta de Sousa.
Data de nascimento: 11/09/1987.
Naturalidade: Macapá-AP.
O que faz da vida: Advogado.
Qual o seu trabalho artístico: É um dos membros fundadores do Grupo Pena & Pergaminho; é escritor, poeta, declamador; também participa da Companhia - Corpo Franco de Teatro.
Quando Começou: Começou a escrever poesia e outros gêneros por volta dos 15 anos, quando começou a ter aulas de literatura, mas sempre teve diários durante a infância e adolescência nos quais registrava seus pensamentos.
Planos para o futuro artístico: Fazer vários cursos de idiomas e escrever em outros idiomas além do inglês e francês; aprender a tocar algum instrumento e montar uma banda de e.b.m ou metal gótico; publicar muitos livros e ficar rico; participar de muitos eventos poéticos e construir um espaço de leitura para o Pena & Pergaminho.

Participação em CONCURSOS DE POESIAS/PRÊMIOS
    

.Concurso de Poesias em Francês da escola de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand, organizado pela Professora Maria José (3º lugar).

     .Concurso Nacional da Editora Vivara – Novos Poetas. Classificado. Publicado na Antologia 2012 VIVARA.

.Concurso da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Classificado. Publicado em Brasilidades v.5.

.Concurso EAPEL 2013 (3º lugar)

.Troféu Equinócio da Palavra. 2º Corredor Literário. 49ª Expofeira do Amapá.
.Concurso EDITAL DE CRIAÇÃO LITERÁRIA “SIMÃOZINHO SONHADOR”. Classificado dentre os 10 projetos selecionados, juntamente com o poeta Rodrigo Ferreira.

OBRAS

900 Poemas (inclusos haicais, sonetos, acrósticos, etc.)
8 Contos
2 Crônicas
1 Romance (em construção)
3 Minicontos
1 Monólogo
7 fotopoemas


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Tarumã

Foi ali nas margens do rio Calçoene e seu esplendor
O lugar onde o curumim Ubiraci nasceu
Tupã era seu genitor
Por isso ele respeitava e amava a natureza em que cresceu

Um dia caminhando pela floresta
Viu uma nativa linda de cabelos negros e olhos de estrela cintilante
Ela rapidamente desapareceu de vista
Deixando Ubiraci desolado com a perda daquela beleza fulgurante

Procurou e procurou por toda a floresta escura
Em todos os igarapés, árvores e montanhas
Não a encontrava e perdia-se na secura
E no frio sentido até nas entranhas

Era estranho como Ubiraci sentia falta da nativa formosa
Mesmo ela estando tão perto dos seus caminhos
Ela estava em cada manhã, em cada noite ruidosa
Em cada maresia e em cada canto dos passarinhos

No entanto a desilusão falou mais alto e o tornou arredio
O nativo esqueceu-se de buscar respostas na natureza
A natureza era na verdade a nativa do olhar luzidio
Ele não viu os sinais e abraçou a tristeza

Numa noite de luar e de procura incessante
Ubiraci viu a imagem da lua refletida no rio
E acreditou que naquele mundo refletido adiante
Morava sua amada da pele bronzeada que lhe preencheria o coração vazio

E assim Ubiraci afogou-se
Na sua impetuosa paixão
No fundo perdeu-se
Qual Narciso perdeu-se na admiração

Tupã ficou imensamente consternado
E pediu à natureza que transformasse o nativo desolado
Numa bela árvore no meio do rio onde pela paixão foi afogado
Para que ele fosse para sempre lembrado

Mas durante a noite a árvore desprendia suas raízes do leito
E navegava contra a correnteza
Os nativos da aldeia cortaram-no para o mal ser desfeito
Deixando apenas o tronco e sua estranheza

Mesmo assim
Nas noites frias da floresta o tronco continuou a navegar contra a corrente
Enfim
Os nativos da região, com medo, abandonaram o local, junto com sua gente.

Tiago Quingosta.

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E é isso, pessoal. Dia 02/08, às 20h00, no Centro Cultural Franco Amapaense, teremos nosso encontro mensal. Lá, Tiago Quingosta estará presente para responder as perguntas dos nossos ouvintes e curiosos de plantão sobre sua arte . Esperamos todos lá! Até mais!

Rodrigo Ferreira.